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Vasco Ribeiro & Os Clandestinos - Falem

Adicionado há by Manuel Melo em Pop Letra V
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Descrição

Single "Falem" do novo disco do Vasco Ribeiro & Os Clandestinos a ser lançado em breve.

Facebook: https://www.facebook.com/vascoribeiromusica/
Instagram: https://www.instagram.com/vascoribeiro_clandestinos/
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Ficha Ténica:
Produção: Steven Gillon e Vasco Ribeiro
Realização, filmagem e edição: Steven Gillon

Participantes (por ordem):
Vasco Ribeiro, Carolina Coelho, Hélder Castro, Tomás Melo, Margarida Albino, Joaquim Capelo, Rafael Osório Castro, Magnum Alexandre, Joana Lopes, Inês Baptista, Rita Caldeira, Tiago Jesus, Sofia Frazão, Joana Arantes, Vítor Augusto, Tiago Martins, Constantino, António Gonçalves, António Sarmento, João Ramos, André Rocha, Rita Capelo, Ivo Palitos, Pedro Amaral, Mariana Badan, Pai Coito, Rita Barbita, Micael Pinha, Teresa Medeiros, Adriana Melo, Miguel Kandjongo, Tiago Sousa, Luís Vicente, Mafalda Teles, Teresa Silva, Júlia, Steven Gillon, Martim Coito, Paula Roque, Bárbara Leal, Sara Coito e Francisco Ribeiro
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Produzido, gravado e misturado por: Tiago Martins (FisgaStudio)
Masterizado por: André Castro Mastering

Música e Letra: Vasco Ribeiro
Guitarra e Voz: Vasco Ribeiro
Baixo: Rafael Osório Castro
Saxofone e Percussões: António Gonçalves
Bateria: Steven Gillon
Back Vocals: Carolina (Cuca) Coelho e Joana Arantes
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Letra:

Ele vai só ele vai a pé
Correndo os bares do Cais Sodré

E ela vai e vem cabelos ao vento
Cabelos ao vento aproveitando cada momento

Com as mãos nos bolsos a contar trocos
Para ver se chega para mais uns copos

E eles olham riem que vida dura
Atrocidando a pobre criatura

Quantos não têm os olhos vagos
À procura de mais uns tragos

Alienados pela televisão
Enquanto aumenta a taxa de emigração

Lá vai mais um homem à solta
Sabe quando vai não sabe quando volta

Chorando mares e rios
Isto não é protesto isto é revolta

E o sol ergue se sobre as nuvens
Iluminando as ruas a quem não quer ver

Para não terem desculpas
Para ficar em casa sem nada fazer

E o sol ergue-se com o vento
Abalando os seres que não querem ouvir

Para não terem desculpas
Para ficar em casa apenas a dormir

Falem, falem, falem
Digam o que têm a dizer
Falem não se calem
Calar é uma forma de esquecer

E ele vai e ele vem o que é que ele tem?
E ele vai e ele vem mas ele é quem?

Um deputado arrogante engravatado
Ou um mendigo que ficou agarrado

Ele tentou mas fecharam-lhe as portas
Por não querer ser só mais um lambe botas

Procurando incessantemente o seu papel
Ao ver mulheres que têm mais base do que pele

Ele é a voz da razão adormecida
Simplicidade grotesca da vida

Ele é um momento espontâneo de verdade
O lado artístico de qualquer sociedade

Ele é a voz ele é o choro ele é o riso
É a ação é o saber é o motivo

Oposição ao modernismo que o controla
Financiamento exigente que não descola

Ele é o contraste entre quem pode e consome
Que ignora quem não tem e passa fome

Ele é o peito oprimido do civismo
Que enfrenta sem medo o autoritarismo

E ele é um sábio no auge do conhecimento
Poeta morto que criou um movimento

Ele é um surdo que não ouve a imprensa
E até morrer há de dizer aquilo que pensa

Falem, falem, falem
Digam o que têm a dizer
Falem não se calem
Calar é uma forma de esquecer
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Vasco Ribeiro & Os Clandestinos 2020

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