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Nerve - Chibo

Adicionado há by Manuel Melo em Hip Hop Letra N
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Descrição

Tema "CHIBO", por NERVE.
Consta no EP "AUTO-SABOTAGEM".

VIDEO:
Realização e captação por Sebastião Santana.
Edição por Luís Almeida.
Argumento por Sebastião Santana e Tiago "NERVE" Gonçalves.
"Demónio" interpretado por Homero CastelBranco e Pedro Mendes.
Design e produção do "Demónio" por Tiago "NERVE" Gonçalves.
Saxofonista / "O Morto": MESTRE ANDRÉ a.k.a. NOTWAN.
Agradecimentos: Dims e Marco Rodrigues

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MÚSICA:
Letra, voz, instrumental, gravação e mistura por Tiago "NERVE" Gonçalves.
Saxofone tenor por MESTRE ANDRÉ A.K.A. NOTWAN.
Masterização por Zé Quintino.

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www.nerve.pt

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LETRA:

- Não, agora sem tangas, o demónio mora ali na...
- Olha, cala-te só um bocadinho.

A sério, alguém me diga:
Morde a língua.
Calo ou mostro a ferida?
Gasto no que gosto saliva sem me pesar nos bolsos a guita.
É isto, a “fome de artista”. A sério.
É o Senhor Mistério, como o orçamento do mês que se aproxima.
A mó acima? Nunca vi, e enfrento moinhos durante o dia,
enquanto contenho o ódio que, à noite, coloco na fita.
Distante da foto antiga: um miúdo tão promissor.
A dada altura parece que perdi o norte na vida.
Verdade. Há para aí uma tropa de tipas que, se pode, forma fila
para me ver branco, a esvair-me em sangue, com um corte na pila.
Não vou ter uma morte tranquila.
Sem pressão: colheitas perdidas.
Se não tenho ideias, não chove na vila.

- Entendo a mensagem, mas não entendo o propósito.
- Não te deixes afectar, puto. Tu não bates, mas és o melhor.

Pollockada na tela e contemplo aquela obra-prima.
Reflicto enquanto escorre a tinta:
Atravessamos uma magnífica fase da música,
em que toda a escória roça pimba.
Só cantigas para cair no goto dos putos estúpidos d'hoje
que, pelos vistos, são quem agora suporta firmas.
Não posso cair mas,
das duas uma: ou estou um cota ou sou o último adora escrita.
Agora em horário próprio.
Se me der na telha, trabalho só nas quintas, como um campónio.

- Dá para ver que o amigo tem aqui uma coisa com rimas toantes.
- É aquela rima toante. Sabes. Há pouco eu só queria dizer que...

O demónio mora ali na
porta em frente à porta em frente à minha.
Xiu, chibo.
Xiu, chibo.

O demónio mora ali na
porta em frente à porta em frente à minha.
Xiu, chibo, xiu.
Xiu, chibo.

Ele mora ali na porta em frente
à porta em frente à minha.
(Não tem nada que enganar.)
O demónio mora ali na porta em frente à porta em frente
à minha.

- Na medida em que o meu mal não vem de fora.
- Sim, auto-sabotagem. Sei. Gosto muito. 'Bora.

Escritório na caverna. Dá-me o toque.
Avisa-me que é seguro sair quando garantires que não mais o sol se avista.
Nada importa, aqui na toca, estou OK.
Auto medicado, eu nivelo dopamina.
Discurso amigo da moca, sim, mas não coloco a esquina no radar
embora este património não se resuma somente em notas limpas. (Dica.)
Se vem por fora, fica. Quê? Não vou ter reforma.
Explica, deverei aguardar uma derrota digna?

Deverei eu ficar?
Até à morgue na fila ou implorar por uma melhora,
fixado no crucifixo enquanto oro a uma hora fixa?
Pois sem firme fé na fria norma frito na chama eterna
sem ouvir aquela voz amiga do Morgan Freeman?
Legião é o meu nome e eu indico onde a porta fica.
O demónio mora ali na porta em frente
à porta em frente à minha. Topas? Siga.
Que eu sou torto até quando esta corda estica depois do nó na dita.
Daqui para fora.
Finda-te.

Morde a língua.
Morde a língua.

O demónio mora ali na
porta em frente à porta em frente à minha.
(É ali na porta em frente à porta em frente à minha.)

O demónio mora ali na
porta em frente à porta em frente à minha.
(É ali na porta em frente à porta em frente à minha, padre. Juro)

Ele mora ali na porta em frente
à porta em frente à minha.
(Isso nem sequer faz de mim especial)

O demónio mora ali na porta em frente à porta em frente
à minha.

Xiu, chibo.
Morde a língua.

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