Escrito por:
Mundo Segundo e Bezegol
Produzido por:
Vinz Vega
Gravado por:
Mundo Segundo @ Segundo Piso
Mistura e masterização por:
Pi (Pedro Baptista)
Vídeo por:
Kereimula
Editora: Segundo Piso
Agradecimento especial:
EcoSteel
Booking/Agenciamento:
mariana@zona6.org
LETRA
"Isto é talvez ridículo aos ouvidos de quem por não saber o que é olhar para as coisas, não compreende quem fala delas com o modo que reparar para elas ensina"
Que o Sol se levante sem um triste semblante, o mal corto como um diamante nunca relutante e jamais cintilante de vaidade reluzente sinto a dor de um caminhante sobre cinza incandescente, "enquanto" o ódio propaga nas ruas onde o pecado mora "no peito" a saudade aperta como a dor de quem partiu para fora, "e" o sofrimento é similar ao de uma mãe que chora, "quando" ora por um filho que parte fora da sua hora, nunca cabisbaixo nestes versos que encaixo jamais me rebaixo facho leva ordem de despacho, "sou" resiliente como o sol nascente eu volto sempre mais um dia nesta luta de labuta permanente, permaneço num endereço onde o amor não tem preço onde o apreço te acalma se tens a alma do avesso, recebo o dobro do que ofereço o que ofereço é genuíno é o destino de um peregrino até o badalar do sino.
Tem calma ! querem mais um discípulo não lhes dou capítulo, sou mais baixo que um peão neste xadrez político, desperto nesta situação eu ando sempre aflito, pois qualquer falta de atenção o resultado é crítico,
Tenho de manter a cabeça fria lutar mais um dia dar um conforto à "Maria" apoio à minha cria, levantar cair faz parte da minha sina, continuar e persistir faz parte da minha rima.
Eu queria comprar um bocado do tempo, só para voltar atrás, desviar o lamento, mudar o argumento deste conto Bafiento, eu queria comprar um bocado do tempo!
Neste jogo sou só mais um player que se fez à vida, tentar soldar as contas com rimas numa batida, não veio fácil mas foi uma rota definida, não havia GPS então foi à deriva sempre com fumo no meu peito humildade e respeito quando o trabalho é ganho o trabalho é para ser bem feito, representando o que ficou atrás de mim levo arrependimentos pois a vida é mesmo assim, podia desviar mas não sabia de antemão o conforto que seria não resistir à tentação, mas não, preferi sentir o sabor da verdade e agora vivo entre a loucura e a sanidade.
Eu jamais demagogo sou mais pedagogo o meu velho é como novo tenho estima pelo jogo, estamos inconformados e a postos nos postos a puxar ferro com o peso dos impostos que nos são impostos, estamos a contar trocos e não a contar gostos, ricos que roubam pobres não há Robin dos bosques, estamos a gastar cobres estamos a gastar votos, tanta areia para os olhos o povo é que sofre, vistos como piratas vimos pilhar o tesouro antes que os magnatas venham arrancar o couro, eu nasci num berço d'ouro só colchão de palha e não conheço o fio d'ouro só o da navalha, não arquiteto mas com mais um projeto na calha, homem maduro e adulto não se dá com canalha, não há Deus que valha quando é o sistema que falha estamos rodeados por escumalha
Eu queria comprar um bocado do tempo, só para voltar atrás, desviar o lamento, mudar o argumento deste conto Bafiento, eu queria comprar um bocado do tempo!
Eu queria comprar um bocado do tempo, só para voltar atrás, desviar o lamento, mudar o argumento deste conto Bafiento, eu queria comprar um bocado do tempo!
Quebrar este sentimento de ir num barco à vela sem vento dobrar o cabo do tormento, sair deste modo cinzento mudar todo o andamento deste governo nojento não importa quem tá lá dentro todos no conto bafiento.
Eu queria comprar, queria queria só para voltar atrás, só para voltar atrás, mudar o argumento deste conto Bafiento, eu queria comprar um bocado do tempo!