Siga era o miúdo mais temido na zona onde eu cresci, na Foz, Porto. Todos conheciam as suas histórias de assaltos a pessoas, motas, carros e até autocarros e carros de polícia, tudo isto até aos 16 anos. Dizia que não ia ser preso, antes disso ia roubar um avião e despenhar-se contra a 15ª Esquadra, a Esquadra da Foz de vez em quando o prendia mas sempre por pouco tempo.
Quando parava à porta da minha escola causava o terror entre os alunos e eu sabia que tinha de o conhecer para ficar a salvo. E pensando bem talvez esse tenha sido o primeiro motivo para hoje eu fazer Rap. Através do Siga conheci alguns gunas, com quem frequentei os bairros e conheci o Hip Hop. Por isso se não tivesse conhecido o Siga talvez nunca me tivesse tornado Rapper.
(LETRA EM BAIXO NA DESCRIÇÃO)
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EDIÇÕES NORTESUL - VALENTIM DE CARVALHO, SA
VÍDEO:
Realização: T.Zimmermann
Argumento: João Pequeno
Animação 2D: Jay
Câmara/Edição/DOP: T.Zimmermann
Assistente de Camera: Pedro Gonçalves
Recap: André Espinha
Produção: João Pequeno & PointOfView [ https://pov.com.pt ]
Agradecimento especial: CTRL+N Produções
MÚSICA:
Música e Letra: João Pequeno
Instrumental: João Pequeno
Voz: João Pequeno
Coros: Sara Rodrigues
Guitarras Adicionais: Vitor Silva
Baixo: Nuno Madaleno
Teclas: André Areias e João Pequeno
Produção executiva por: Francisco Reis e João Pequeno
Gravado por: Tiago Pais Dias e Francisco Reis nos estúdios: Studio One e VibeZone
Misturado e Masterizado por: Mic Ferreira no estúdio Sine Factory
LETRA:
Siga, o miúdo que ainda hoje muitos dizem ser o mais lendário guna
Conhecido por estas bandas como “O Rei da Pasteleira”
Vasto lote em supermercados, carros, carteiras
Currículo invulgar que aos 11 anos já dava cadeia.
A fazer cara feia, o mais novo lá do bando
E quando entrava na Foz fazia tremer a zona inteira,
Siga, comparsa nos roubos, descarga nos outros,
Meu mano aqui chamavam-nos loucos.
Sempre certo lá na esquadra já com lista de espera,
Eram um bando de 80 mas já sabiam quem era,
Cabelo à tigela, franzino, de 1.55m,
O nosso Chico Fininho dos anos noventa e pico.
Drama é quando havia esperinhas lá na porta,
Era ver a gunada agarrada às grades da escola
E o puto lá no meio, de brinquinho e ponta-e-mola
Fazia mais com a navalha do que muitos de pistola.
Refrão
Ele era o puto que tinha o sonho de apontar um avião contra a 15ª
Guna não pára, vida de gu...vida de guna não pára, guna não pára, guna não pá...
Ele era o puto que tinha o sonho de apontar um avião contra a 15ª
Ninguém pára o guna, ninguém pára, ninguém, ninguém pára o guna, ninguém pára o guna
(2X)
Não arredavam pé quando entrava a Polícia,
Não era o mais perigoso mas era o que tinha mais perícia,
Era ver a coleção de Fiat Unos roubados,
Carros usados parados à porta da 15º Esquadra,
Com o banco todo chegado aos pedais,
Nada, para ele nunca era nada de mais.
Um mito urbano que até hoje ainda perdura
Desde os velhos tempos, tipo os malucos da Rua Escura.
Certa vez vi o puto com uma mota da Telepizza
E quando cheguei à escola contavam quem a conduzia
Tempos depois ouvia um frenesim pela Boavista,
Um jovem conduzia um carro de patrulha...era o Siga!
Avenida abaixo como se nada fosse,
Três carros atrás dele e o puto só tinha 14,
Presença já assídua no Tribunal de Menores
Com fama conhecida pelo Porto e arredores.
Parava lá no Bairro ou na esquadra da Foz
Como Leão, Acelera, Rato, Crista ou Rei Herodes.
Siga, comparsa nos roubos, descarga nos outros
Meu mano aqui ainda eram uns poucos!
Refrão
Ele era o puto que tinha o sonho de apontar um avião contra a 15ª
Guna não pára, vida de gu...vida de guna não pára, guna não pára, guna não pá...
Ele era o puto que tinha o sonho de apontar um avião contra a 15ª
Ninguém pára o guna, ninguém pára, ninguém, ninguém pára o guna, ninguém pára o guna
(4X)