BEAT: ZGA
RAPS: ZGA + DEL
ZGA:
Apoptótico e neurótico-não-necrótico
Num surto apostólico meta-tranquilo iso-caótico:
Considero as contemplações e objectifico o esotérico
Comisero-me nas desilusões e projeto o meu ego esférico
Em hiperplanos de dimensões superiores ao espaço
Já sei que o que há para lá de mim não é mais do que um erro crasso
No meu solipsismo desconsiderei que no hip hop tenho de ser javardo:
Sonhos molhados com xotas largas e calças apertadas - ou estou trocado? (ou "escrotado"?)
Felizmente não desvirtuo as perspectivas:
O meu ponto de fuga é a casa de partida.
Preencho-me com Valhallas de pernoitas em bairros de facas no ventre
Venço-me com balas que reduzo a um só disparo independente.
Uma rajada de inconjuráveis lamentos dissidentes materializam-se à minha frente
A sussurrarem-me outra vez que hostes considerar quando me revejo crente;
O que ouço é vento? Mefistófoles faz das asas um abrigo:
Perdoa-me a blasfémia, mas prefiro não estar só a estar comigo.
Cogito
E vergo o ergo
Sum sem ser
E quando somo o som da sombra
E omega o medo
Da penumbra o escombro vulgo vulto vulgo sonho
Sou um eco do LUCA mas um precursor do ubermensch:
Fruto aprimorado da evolução que passa o dia a ver mémes (memes?).
Só não sou 100% Zarathrusta porque já não havia vagas para o cargo
Mas eu espero até para o ano para assumir tamanho encargo. (pelo menos um estágio)
Por enquanto sou um parasita bem ao estilo de Margulis virgula Lynn:
Estranha (estranha) depois entranha (entranha) depois venera-me dentro de ti (genes?)
E faz-me sacrifícios com mutantes teus a partir de colchicina
Poliploidias artificiais à homem, temperadas de morte fina.
Cogito
E vergo o ergo
Sum sem ser
E quando somo o som da sombra
E omega o medo
Da penumbra o escombro vulgo vulto vulgo sonho
DELVISPRESLEY:
para entender tudo, (primeiro) reduzo dimensões,
deduzo imensidões se sacudo lágrimas do rio onde me afundo
e fujo das maldições, (segundo) o uso que dou aos minutos.
Sessenta? Se tentares - Oi, tenta! - Novo ente-querido sem sensações.
Se te sentares, sentes ostentações (terceiro) olho abrir-te-ei.
Senta-te! Essa imparidade assenta-te, como sóis no tecido do cosmos,
se tu sentires as tentações do (quarto) onde habitamos.
Habituamo-nos a ser quem somos. E quem sois vós se não o contorno dos vossos fornos.
Lembras-te de ter sido espasmos? (Quinto) elemento não é místico. É só boro,
cujos os maiores depósitos são na Turquia. Pareço sábio? Wikipedia.
Lembras-te de ter sido hexágonos? (Sexto) sentido. Que horror,
referia-me claro ao padrão do chão no hotel do Shining. Kubrick ia
deixar-te às escuras num labirinto. (Sétimo) selo: cheque-mate
Aproveito e pergunto à Morte: Sem foice como é que mato?
Mas ela foi-se num cavalo. (Oitavo) peão em rainha, tipo água em tinto, e
deixei-os encurralados algures na mata onde forjei esta coroa-de-espinhos.
Septagésimo-(nono) elemento não é místico. É só ouro,
Trono sem dono ao abandono sou sonho de um nu no novo ouroboro
até um ser mítico nascer de um ovo. Assim (decimo) tudo, e contudo me torno
em nada, tu, eu, ninguém e todos. Zonzo zoom num mundo que é dos tolos.
Dos loucos. Da equipa perfeita - do onze? - mas agora sem ordem,
(L: aqui estamos, uma horda em sintonia, no mesmo hospício,)
(R: aqui Freud e Jung coçam-se no prepúcio, Vertigo. Alfred Hitchcock)
a tentar ser um doze adiposo num precipício vertiginoso HIPer-HOPorpício
talvez vá começar do zero. Dizem que os malucos mordem e andam em círculos.
(na verdade fui eu que me disse isto) medicino-me. Fui eu que me disse o Nome, Meu, "deus existe longe", DEL
Vídeo: TΩDΩ-PΩDEλΩSΩ