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O ouro torrado
A vida num trapo
Sem eira nem beira
E muitas mazelas
De tanta poeira
Só me resta o turbilhão
Perdido o recato
Do corpo mirrado
Sem oras nem moras
E muitas balelas
Ao longo das horas
Sou terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Na paz do soldado
Por entre os excessos
Encontro o meu templo
O frágil nirvana
Que breve contemplo
Da raiz do turbilhão
O ouro torrado
A vida num trapo
Sem eira nem beira
E muitas mazelas
De tanta poeira
Só me resta o turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Só me importa é manter
Esta força imparável de sucção
Manter-me turbilhão
Ser o olho a rodar
Do remoinho em constante mutação
Terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão
Turbilhão
Adolfo Luxúria Canibal
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O ouro torrado
A vida num trapo
Sem eira nem beira
E muitas mazelas
De tanta poeira
Só me resta o turbilhão
Perdido o recato
Do corpo mirrado
Sem oras nem moras
E muitas balelas
Ao longo das horas
Sou terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Na paz do soldado
Por entre os excessos
Encontro o meu templo
O frágil nirvana
Que breve contemplo
Da raiz do turbilhão
O ouro torrado
A vida num trapo
Sem eira nem beira
E muitas mazelas
De tanta poeira
Só me resta o turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Só me importa é manter
Esta força imparável de sucção
Manter-me turbilhão
Ser o olho a rodar
Do remoinho em constante mutação
Terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão Terrível turbilhão
Turbilhão Eu sou um turbilhão
Turbilhão
Turbilhão
Adolfo Luxúria Canibal