Os Azeitonas - Pêlo Branco

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Episódio VII

Às 20h30 de um dia como os outros, a Estudante de Direito recebe um telefonema inesperado: a candidatura para ir estagiar numa firma de advogados foi aceite, mas com uma condição: é em Macau, e para partir já! O sonho obriga a sacrifícios. O casal despede-se, acreditando sobreviver à distância. O Jovem Garboso vai para Ofir, onde forma um agrupamento de smooth jazz, “Ah Trio de Hotel”, na Estalagem Parque do Rio. Entretanto, o tempo passa...


Vídeo: Paulo Bico
Direcção Artística: Marlon e Paulo Bico

Estudante de Direito: Nena
Jovem Garboso: António Fernandes


Música e letra: Marlon

Marlon: Voz
Salsa: Piano, direcção musical e arranjo de sopros
Miguel Araújo: guitarras eléctricas
Rui Pedro Silva: trompetes
João Martins: saxofone alto
Paulo Gravato: saxofone barítono
Ginho Marques: contrabaixo
Rogério Santos: bateria
Percussões: Luiz Megre Beça


Gravado por Zé Nando Pimenta @ meifumado
Misturado por Bruno Pereira @ 8 Ball Studios
Masterizado por Mário Barreiros @ MB Studios

Produzido por Os Azeitonas e André Indiana


Agradecimentos:
- ao Paulo Bico, por tudo e tanto mais;
- à incrível malta da Casa de Portugal em Macau, à Diana Soeiro, Tomás Ramos de Deus, Luis Bento e todos os amigos que aí fizemos;
- ao Restaurante Chinês da Ponte D. Luís;
- ao Manel Macedo, por tudo;
- à Estalagem Parque do Rio, pelas portas abertas;
- ao António Fernandes, homem dos sete (bons) ofícios
- ao LMA pela incrível Jam Session (Macau)!!!


Pêlo Branco

Eu não tenho tempo pra conversa
Tira a roupa e deita-te no chão
Não perguntes nada
Fica assim calada
Amarra os pés, que eu trato das mãos

Olho-me no espelho embaciado
Entre a bruma do ar condensado
Ouço um gemido
Cruzo a mão pelo cabelo
O reflexo não é meu amigo

Um pelo branco no bigode é novidade
Assim não há como fugir à velha idade

Ao menos fico contemplando o teu decote
Como se fosse o último brinde do ano

O passado agora está aqui tão presente
É esta náusea que me invade o pensamento
Como uma nau que ruma pelo mar doente
Sem timoneiro que se agarre ao leme errante

Volto à minha vida mais terrena
A um ritmo pouco natural
Nada faz sentido
Sinto-me perdido
Desamarro os pés e as tuas mãos

As memórias vão-se esfumando
A um ritmo lento, duro e brando
O quotidiano faz e acontece
Tece uma trama que me trama

E assim a minha vida vai-se nivelando
Momentos doces alternados com amargos

Nas partes doces vou-me lambuzando
Nas mais amargas travo a dor com o decote

Um pelo branco no bigode é novidade
Assim não há como fugir à velha idade

Ao menos fico contemplando o teu decote
Como se fosse o último brinde do ano

DISPONÍVEL EM:
Spotify: http://bit.ly/AzeitonasBandaSonora_Spotify
iTunes: http://bit.ly/AzeitonasBandaSonora_iTunes

Categoria
Pop Letra O