Projeto franco-português, imaginado entre Sines e Paris, Alen Tagus destila uma indie pop introspectiva com sonoridades dos anos 70.
Nascido da associação inédita entre o músico português Charlie Mancini, pianista e compositor de música para cinema e a artista francesa Pamela Hute, melodista e roqueira de coração, Alen Tagus explora um universo musical repleto de imagens que convida à viagem. Uma viagem onírica que presta homenagem à narrativa cinematográfica.

Charlie Mancini conheceu a música de Pamela Hute online e identificaram-se de imediato com o seu trabalho artístico. O processo de colaboração à distância começou com o tema “Time Passing By” do qual ficaram bastante satisfeitos e orgulhosos com o resultado e que recebeu vários elogios por parte da imprensa portuguesa, francesa e da comunidade online.

A premissa para esta colaboração foi Charlie Mancini ir enviando alguns instrumentais gravados no seu estúdio em Sines (especificamente baixo eléctrico e teclados) e Pamela concluir essas ideias no seu estúdio no sul de França juntando-lhes letra, voz, guitarras e bateria. Depois da mistura feita no estúdio de Pamela, a masterização ficou a cargo de Jean-Nicholas Casalis nos RTM Studios em Paris.

Decidem então lançar um EP pela editora My Dear Recordings (de Pamela Hute), fundada em 2016 que conta com artistas e bandas francesas dentro do Indie Pop/Rock e o compositor inglês de bandas sonoras e pós-rock Robin Foster.

O EP Paris, Sines foi editado no dia 17 de Maio em todas as plataformas digitais.

Depois da pujante “Black Hole” foi revelado o terceiro single “Holiday”, uma viagem musical introspectiva, escrito como se se tratasse de um passeio meditativo. Inspirado pela estética lo-fi dos Velvet Undergound, o batimento é simples, repetitivo e transporta o ouvinte para um promenade poético numa zona rural e balnear composta por guitarras com camadas de delays e outros efeitos sonoros distintos. Um tema que pode durar muito mais do que a sua duração, bastando para isso carregar na tecla de repeat.

O videoclipe transparece muito da narrativa que está contida na sua letra. A personagem principal, interpretada pela actriz Helena Caldeira, vive um relacionamento à distância que sobrevive sobretudo pelo uso do telefone e deambula em diversos lugares desertos, à guisa do que acontece no filme Paris, Texas. O vídeo foi realizado por Miguel Pité do Amaral que também tratou da fotografia, a câmera foi operada por João Jerónimo e a produção esteve a cargo de Miguel Campos. A filmagem decorreu na zona de Sintra, Guincho, Peninha e no Teatro da Comuna (agradecimento especial a toda a equipa pela cedência do espaço).

A capa do  EP está a cargo de Ricardo Pereira, fotógrafo artístico residente em São Miguel, Açores.

CHARLIE MANCINI

O músico Charlie Mancini pertence a um nova geração revivalista do cinema mudo. Proporciona uma experiência de excepção que leva o público ao período clássico do cinema, como se tratasse de uma viagem na máquina do tempo. As sonoridades passam pelo piano, guitarra eléctrica e vários efeitos de electrónica, são recriadas ao vivo e no momento do cine-concerto a musica é tocada e, por vezes, improvisada acompanhando a projecção e toda a ação e dinâmica dos filmes exibidos.

Animador e produtor de programas radiofónicos de autor na Rádio Azul e na Rádio Jornal de Setúbal de 2001 a 2004, sempre apostou na divulgação de música nacional com espaço de entrevistas.

Gerente e técnico de som no Estúdio Fuga (Montemor-O-Novo, Portugal), estúdio de gravação rural/ residencial, inaugurado em 2005. Produziu e gravou artistas como Enjel Eneh (Nigéria), In Versus (fado de Coimbra), Helena Caspurro (Jazz vocal), Carl Mendes (cantautor folk), José Brahima Galissá (Guiné-Bissau), Nearfield (Indie Rock, Electrónica, Soul), Orquestra Nova de Guitarras, Vitor Rua (compositor e intérprete de música vanguardista/ experimental), Marco Franco (jazz), Coro de Santo Aleixo da Restauração (musica tradicional alentejana), Vasco Vilhena (pop-rock alternativo), Projeto Visto (coletânea luso-brasileira – responsável pela concepção, curadoria e produção em parceria com o portal brasileiro Scream & Yell) e gravação de diversas locuções para publicidade.

Em 2006 fundou o coletivo Projecto Fuga, com temas originais e vence o prémio para a edição discográfica da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)/ Antena 3 (RTP) 2007, contando como membros no júri José Mário Branco, António Macedo, Guilherme Inês, Henrique Amaro e em 2008 lançou 01, um disco com 9 vozes convidadas, entre as quais se destaca Fernanda Takai, Pedro Bonifrate, Ana Deus, JP Simões e Adolfo Luxúria Canibal. Com o Projecto Fuga tocou ao vivo em diversas salas de espectáculos nacionais entre 2007 e 2009.

Charlie Mancini tem composto bandas sonoras desde 2005 para filmes independentes, sendo de destacar o seu trabalho no documentário Mar de Sines, de 2016, realizado por Diogo Vilhena, vencedor nesse ano do prémio de “Melhor Filme Etnográfico” no Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife, Brasil. Além do cinema criou a banda sonora e o design sonoro para a peça de teatro de rua Insekto a partir d’A Metamorfose da Franz Kafka.

Charlie Mancini tem actuado com o seu cine-concerto desde 2007 em vários países, criando música improvisada para filmes clássicos dos primórdios do cinema, abrangendo estilos tão diversos como a ficção-científica, surrealismo, animação e comédia.  

PAMELA HUTE

Pamela Hute tem tido até agora um longo relacionamento com a música. O seu primeiro álbum Turtles Tales From Overseas foi lançado em Maio de 2010 com excelentes críticas.

Depois de tocar nos melhores palcos do seu país (Olympia, Bataclan, Festival Printemps de Bourges...), Pamela lançou Bandit em 2013 que foi misturado em Brooklyn, NY, pelo engenheiro veterano dos anos 90 John Agnello (Kurt Vile, Cyndi Lauper, Dinossaur Jr., The Kills, Sonic Youth, The Breeders).

Para o seu terceiro disco, Pamela montou uma nova banda, com um guitarrista adicional e baixista/ vocalista feminina e decidiu produzir o seu disco sozinha. Highline foi gravado com Jay Pellicci (Dodos, Avi Buffalo, Sophie Hunger, Sleater Kinney) entre Paris, Dordogne, Nova Iorque e São Francisco.

Em 2018, Hute lança o seu EP Short Notice no qual decidiu embarcar no seu primeiro amor: o indie rock. Linhas de baixo viciantes, produção para a frente e guitarras crunchy, Short Notice aparece como a banda sonora ideal para dançar toda a noite. Este EP foi um novo recomeço. Pela primeira vez Hute tocou todos os instrumentos, gravou, produziu e misturou todo o EP, conseguindo agarrar a energia crua que a sua escrita de canções elegante pedia.

https://www.facebook.com/alentagus/
http://www.alentagus.com
https://alentagus.bandcamp.com/
http://www.my-dear-recordings.com/

1. The Void (3:35)
2. Love Syndrome (2:45)
3. Time Passing By (3:00)
4. Black Hole (3:37)
5. Only Lovers Left Alive (3:23)
6. Holiday (5:06)