A banda mais bonita e selvagem a sair do Amial, os Sunflowers são tudo o que não se espera: psych punk cheio de fuzz, feedbacks, histórias de aliens, rock garageiro sujo e suado a bater no vermelho, cheeseburgers sobre uma pizza do Pingo Doce, pogo-punk ao som de coros angelicais da década de 60. São dois, às vezes parecem doze e gostam de levar tampões de ouvidos para quem os ouve não os processar por ter o sistema vestibulococlear completamente aniquilado. A galope na bateria de Carolina Brandão ou no meio do caos da guitarra de Carlos Jesus, alguém disse que eram "a melhor porrada que já levei de um feedback". Contra factos não há argumentos.
Começaram em 2014, o mesmo ano em que lançaram o seu primeiro EP, gravado em casa e auto-entitulado, que derivou, principalmente, do aborrecimento que é ser jovem nos subúrbios. Começaram a chamar a atenção a sério em 2015 com o lançamento do seu segundo EP "Ghosts, Witches and PB&Js" que foi acompanhado de uma tour extensa pela país (e um saltinho aos vizinhos espanhóis) onde abriram para bandas como Thee Oh Sees no Reverence Valada, The Black Lips no Rock In Rio Lisboa, Tomorrow Tulips, The Parrots e Go!Zilla, entre outros. Foi também nesse ano que receberam o patrocínio da Vans e Brixton, estabelecendo-se cada vez mais como uma promessa na cena emergente que é o garage rock em Portugal.
Depois de se estabelecerem como uma das bandas promessa na música portuguesa lançam o seu primeiro álbum "The Intergalactic Guide to Find the Red Cowboy", que assumem ser o seu lançamento mais barulhento e repleto de fuzz até ao momento. Há uma constante energia nas suas músicas que deixam transparecer influências que vão desde o punk e a corrente psicadélica dos anos 60 até ao clássico rock and roll e música surf dos anos 50.
"The Intergalactic Guide to Find the Red Cowboy" é o resultado do crescimento dos Sunflowers, sem nunca deixar de lado a sua identidade tão própria. É resultado de um ano preenchido de concertos, das tantas viagens que fizeram e da maturidade do seu som. É, segundo os próprios, a gravação que melhor traduz a energia dos seus concertos ao vivo. É uma colecção de 10 músicas sobre os já habituais encontros paranormais, pizza, erva, cowboys espaciais e experiências do dia-a-dia, repleta de guitarras altas, baterias loucas, feedbacks incontroláveis e gritos constantes. É, acima de tudo, um trabalho de que se orgulham de apresentar e que transmite a sensação que a banda cresceu dentro de si mesma.
©2016 O Cão da Garagem
Todos os temas escritos e interpretados por The Sunflowers
com:
Frederico Ferreira: harmonica em "Rest In Pepperoni"
João Brandão: guitarra em "Zombie"
Cláudio Tavares: background makumbas em "Zombie"
Gravado nos Estúdios Sá da Bandeira
Misturado e produzido por João Brandão e The Sunflowers
Masterizado por Miguel Marques no SDB Mastering
https://www.facebook.com/thesunflowersmusic
https://thesunflowersmusic.bandcamp.com
1. Cool Kid Blues (3:37)
2. The Witch (3:33)
3. Mountain (2:19)
4. Charlie Don't Surf (2:29)
5. Post Breakup Stoner (3:25)
6. I Wanna Die (0:44)
7. Zombie (3:35)
8. Talk Shit / People Suck (3:27)
9. Forgive Me, Father, For I Have Sinned (2:06)
10. Hasta La Pizza / Rest in Pepperoni (4:55)
11. The Intergalactic Guide To Find The Red Cowboy (7:04)