“Alienation” é o segundo álbum conceptual deste quarteto de Aveiro que se passa num sistema estelar algures no futuro e explora temáticas como a solidão, inadequação e até mesmo a irrelevância laboral. Uma forte crise existencial por uma personagem de classe operária, isolada no seu trabalho e longe de casa e dos seus.
Nas comemorações deste disco, a banda — que namora as sonoridades de Hawkwind ou King Gizzard — lançou também a Cosmic Ale, uma parceria com a Cerveja Letra de lúpulos caramelizados.
O segundo álbum da banda Cosmic Mass uma vez mais contém uma história contada ao longo da obra. A história consiste outra vez no exagero dos pensamentos e sentimentos de Baby Cosmic, e explora temas como solidão, inadequação e sensação de irrelevância laboral, uma forte crise existencial.
O álbum conta a história de uma personagem sem nome (mas nunca um no name boy) isolada no seu trabalho longe de sua casa e dos seus. Disposto a sacrificar o seu presente, saúde e felicidade por um futuro melhor, o rapaz recorre de tempo em tempo ao uso de substâncias que lhe permitam trabalhar durante mais tempo. O rapaz descobre durante uma ocasião de uso excessivo do produto, que há muito que trabalha sozinho. Verificando que de facto mais ninguém se encontra no local de trabalho e não conseguindo contactar ninguém, decide voltar finalmente para casa após anos afastado. Ao longo da viagem de regresso repara que tal como no seu local de trabalho, tudo aparenta ter um ar abandonado, em ruínas sem nunca perceber porquê. Quando chega a casa depois de uma longa viagem, depois de anos afastado, encontra tudo igualmente abandonado e em ruínas. Tudo pelo qual trabalhou, todos os sacrifícios que fez foram em vão.
Tecnicamente isto tudo passa-se num sistema estelar algures no universo e no futuro. O rapaz trabalha numa esfera de Dyson uma hipotética mega estrutura que se constrói à volta de estrelas para recolher de forma mais eficiente e eficaz a sua energia. O seu trabalho não é de grande importância, é de manutenção, ele é de classe operária. Durante a má trip que tem por abusar da substância, ele vê fortes explosões de luz à distância e é aí que decide ir à direção falar do que aconteceu. Só aí é que percebe que não só a secção onde trabalha está deserta como toda a esfera de Dyson parece estar abandonada. De facto, no regresso ao seu planeta, nota numa ausência de sinais de vida de diversos sítios e quando chega finalmente a casa verifica o mesmo. Não sabe porquê, apenas que ninguém o avisou. Percebe o quanto desperdiçou a sua vida por objectivos que nunca chegaram a nada, que tudo por alguma razão foi em vão e embora triste com esse pensamento, fica simultaneamente feliz por ter chegado a essa conclusão ainda a tempo. Ao mesmo tempo que tem a epifania, as fortes luzes que viu anteriormente eram na verdade um sistema estelar binário vizinho muito próximo a entrar na sua última fase de desenvolvimento até dar lugar a uma supernova tipo Ia. A radiação gama destrói a já fraca atmosfera do planeta e o rapaz morre asfixiado.
Baby Cosmic = Menano
Pretty Cosmic= António
Big Cosmic= Guimas
Slim Cosmic= Teixas
https://cosmicmass.bandcamp.com/
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©2021 Cosmic Mass
Música de Cosmic Mass
Letras de Baby Cosmic
Gravado no Dom' Netos Club, Bemposta, Penamacor
Misturado e masterizado no Rantz Headquarters
Artwork: Prodius
1. To Stop Is To Die (4:01)
2. I'm Not Really Here (3:10)
3. Flowing (4:38)
4. I'm Out (2:19)
5. Home I (3:54)
6. Running Low (4:08)
7. Lights Out (2:39)
8. Home II (4:22)
9. Big Lights Flashing (3:56)
10. Time to Stop (1:39)
