Demo de 1992 da banda do Barreiro. Mas tarde chamar-se-iam Gasoleene.
1. Rocky XX (Space Shuffle) (4:17)
2. Fat Looking Crazy (3:04)
3. Dan (4:17)
4. Kiss Lick Dick (4:55)
5. Drunk Store (5:08)
Sobre os Gasoleene:
Nascidos das cinzas dos barreirenses Carrocel Mágico, os Gasoleene eram formados por António Jorge (baixo), Miguel Leocádio (bateria, percussões), Nelson Oliveira (guitarra acústica e eléctrica) e Pinha (voz, guitarra eléctrica). Em 1994, da antiga banda ficou para trás Luís Bentes, o vocalista, tendo passado Pinha a acumular funções e a ser agora coadjuvado nas oitos cordas por Nelson Oliveira. Em 1996 nova mudança de nome da banda se processa, com a passagem de Gasoline a Gasoleene. Editam um EP com duas faixas originais e uma curiosa cover do tema "The Loch Ness Monster Killed my Dog" dos Little, a banda de Elsa Cristina, mentora da Bee Keeper, editora que os edita. Este trabalho foi produzido e misturado por Rafael Toral, tendo sido gravado no bar Alburrica no Barreiro e misturado no Noise Precision Studio. Ainda nesse ano, fartos de esperar por um contrato, criam a sua própria editora chamada Strange Episode e lançam um trabalho de longa duração produzido por João Paulo Feliciano, músico que também intervinha activamente no disco, tendo o registo do mesmo decorrido no Musicorde Estúdio. O som era nitidamente influenciado pelo dos Dinosaur Jr, Pavement ou Sonic Youth, bandas fetiche da altura. Não beneficiando propriamente do facto de ser original, o projecto foi, contudo, responsável por um avanço na produção da música alternativa nacional, tendo produzido canções mais ou menos noise e melódicas que reflectiam a paixão e autenticidade de quem as criara. Provaram, pelo menos, que em solo português havia quem pudesse compôr e cantar música que poderia ser bem de uma qualquer banda norte-americana a calcorrear o mesmo estilo sonoro. Segundo crónicas da época, o grupo criou um trabalho com o know-how que habitualmente não abundava por estas bandas, já que o colectivo, para além de tecnicamente competente, dominava as liguagens indie-rock que elegia como suas favoritas, sejam elas o grunge, o noise, o low-fi ou a pop alternativa.
