Numa era onde cada vez se sabe menos a importância das pessoas e se dá mais valor a um ecrã ou imagem, onde o retrocesso começa a avançar mais rápido que o progresso, onde o consumo se transforma em cansaço e a produção em exaustão e a incerteza ganha cada vez mais espaço, é tempo de gritar!
Que Pesadelo! é como tentar acordar de um, mas é apenas uma comédia!
O segundo disco de As Docinhas revela a necessidade que as mesmas têm em juntar toda a gente no mesmo sítio, continuando a propor um espaço para quem se quiser expressar ou libertar, seja dos outros seja das suas próprias certezas.
Rodeadas de pessoas que insistem em manter este projeto vivo e fresco, e com raiva suficiente para criar rock mais pesado, querem poder juntar quem normalmente não se junta no mesmo ambiente.
Querem que todes mexam cabeças e, até, criar uma nova fauna. Porque, o mais importante sempre foi fazer música inspirada nas pessoas e para as pessoas.
Com a mudança dos tempos muda, também, a música e engane-se quem pensa que está perante um projeto DIY. Esse nunca foi o objetivo e nunca será. O objetivo é sim tentar inspirar milhões a sair de casa e ir para a rua reclamar e lutar pelo que é seu e mais! As Docinhas querem injectar o punk na vida dos que chegaram na era do tik tok e mostrar-lhes onde vão ser felizes.
A sua versatilidade permite-lhes agradar tanto a gays como ao hétero-top, deixando a permissa de que não têm medo de agir, caso seja necessário!
Neste disco pode encontrar-se uma sonoridade que varia entre as guitarras agressivas com distorção do metal, as músicas country com violinos ou até baladas com sintetizadores dos anos 80. Os saxofones não são novidade mas surpreendem sempre e a equipa nunca desilude.
No fundo, servem um cocktail que vai do punk ao blues, do clássico ao free, passando por alguma eletrónica. Onde as sensações, os sentimentos, os desejos, os sonhos e os pesadelos estão num circle pit, num mosh intenso e electrizante.
As Docinhas não são duas!
Que Pesadelo! tem como participantes André Fernandes e Zé Cruz (guitarra), Zé Almeida e Fred Severo (baixo), Diogo Alexandre e Pedro Antunes (bateria), Ménito Ramos, Pikachu Lacerda e André Fernandes (teclas e sintetizadores), Tiago Vigia e João Gato (saxofone) e Taw Tembe (trompete). Foi produzido, misturado e masterizado pel’As Docinhas e André Fernandes e vai sair no dia 24 de Maio.
Teve como single de antecipação “Kate” que saiu no dia 8 de Maio acompanhado por um videoclipe.
Facebook: https://www.facebook.com/asdocinhasbjx
Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/3ri5bQLV8spALRJCdRht6E
Bandcamp: https://asd0cinhas.bandcamp.com/album/a-vida-uma-f3ri-d-a-constante
Youtube: https://www.youtube.com/@asdocinhas9709
Instagram: https://www.instagram.com/asdocinhas/
BIOGRAFIA
Foi em 2016 que As Docinhas se formaram em Viana do Castelo. Inicialmente eram Cire Ndiaye (vocal, violino), Lee Meneres (vocal, guitarra) e Alex Vieira (vocal, guitarra).
Após a morte de Alex, aos 23, em 2017, As Docinhas lançaram o primeiro álbum - XANDO - que acabou por sair em 2021. É um disco que materializa o sentimento de rebeldia e revolução de Alex através do seu som agressivo e cru.
Ao vivo, têm uma performance muito variada, assumindo uma postura mais punk. Complementam o espetáculo com elementos performativos como dança, magia, pole dance, strip tease etc. A banda conta geralmente com 5 a 7 músicos em palco, incluindo Cire e Lee.
O principal objetivo da banda, como profissionais das artes, é partilhar e exteriorizar as ideias através da música, tendo vindo a receber um feedback bastante positivo.
A guitarra de Lee representa um sentimento de feiura e cria um espaço para o ouvinte sentir raiva e, ao contrastar com o violino louco e a voz forte de Cire, As Docinhas, torna-se num espetáculo sensual
de comédia, muitas vezes mal interpretado como ironia.
Instrumentalmente, misturam instrumentos de jazz com riffs assanhados e distorcidos, letras sujas com uma performance frenética, contando também com elementos de electrónica e ritmos alucinantes.
As Docinhas convidam todos os espectadores a encontrarem o seu lugar na música punk.
Depois de XANDO, lançaram dois videoclips e dois singles lançados entre 2022 e 2023, tendo percorrido vários palcos nacionais como Safra, CSA A Gralha, Nú cleo A70, Palco Ruc – Queima das Fitas Coimbra, Understage Rivoli - Teatro Municipal do Porto, Festival Tremor e Musicbox Lisboa, entre outros.
© As Docinhas 2024
Letras, produção e música:
As Docinhas
Gravação, produção, mistura e masterização:
André Fernandes em Shut Up Mom/Kate/Country (Money Comes And Goes)/Playground/Eu Não Fodo/Hurt My Ass/Go And Be Free/Butterflies
Vozes:
Cire e Lee
Guitarras:
Lee em Shut Up Mom/Kate/Country (Money Comes And Goes)/Playground/Eu Não Fodo/Hurt My Ass/Go And Be Free
André Fernandes em Kate/Go And Be Free/Shut Up Mom
Zé Cruz em Kate
Baixo:
Zé Almeida em Shut Up Mom/Kate/Country (Money Comes And Goes)
Fred Severo em /Hurt My Ass//Playground/Eu Não Fodo
Bateria:
Diogo Alexandre em Hurt My Ass
Pedro Antunes em Shut Up Mom/Kate/Country (Money Comes And Goes)/Playground/Eu Não Fodo/Marcha LGBT/Go And Be Free
Teclas e sintetizadores:
Ménito Ramos em Butterflies
Pikachu Lacerda em Go And Be Free
André Fernandes em Hurt My Ass
Saxofone:
Tiago Vigia em Hurt My Ass/Playground
João Gato em Go And Be Free/Playground
Trompete:
Yaw Tembe em Hurt My Ass
Violino:
Cire em Country (Money Comes And Goes)/Marcha LGBT
Colheres:
Cire em Country (Money Comes And Goes)/Marcha LGBT
Artwork da capa e booklet: Luleane
1. Shut Up Mom (2:58)
2. Marcha LGBT (4:35)
3. Kate (3:59)
4. Hurt My Ass (5:01)
5. Butterflies (3:28)
6. Playground (3:09)
7. Go And Be Free (3:12)
8. Country (Money Comes And Goes)
9. Eu Não Fodo (2:07)