Uma quimera pode ser uma figura monstruosa mítica, vulgarmente híbrida de três animais (cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente); pode ser, também, um organismo composto por células de constituição genética diversa ou, ainda, uma ilusão, um sonho, uma ideia ou esperança irrealizável.
Foquemo-nos na terceira definição e naquela ideia ou, talvez, sonho de um dia deixarmos de tentar escapar a uma realidade coberta de manipulação e de desconforto social onde por muitos anos que andemos, parece sempre que não avançamos.
Após um longo interregno discográfico de praticamente uma década surge Chimæra, o terceiro álbum de Waste Disposal Machine, banda que mantém a forte característica do gosto pela mistura de géneros e estilos musicais.
O álbum integra nove temas que se interligam por um fio condutor que apenas o ouvinte mais atento vai sentir. As músicas focam-se em temas como o isolamento, a manipulação, a fuga da realidade, a empatia ou a falta dela e uma grande falta de esperança.
Instrumentalmente, o disco reflecte o habitual ecletismo sonoro dos Waste Disposal Machine, no qual rock, metal, electrónica e industrial se misturam sem preconceitos dando as mãos numa composição reconfortante.
Chimæra conta com as participações de Birds are Indie, Bill Rivers e Rute Fevereiro. Foi gravado, misturado e masterizado no The Pentagon Audio Manufacturers, com produção de Fernando Matias e da própria banda e será lançado a 24 de Abril de 2024, numa edição conjunta da Ragingplanet e da Chaosphere Recordings.
Teve como single de antecipação “Dumb Persistence” que saiu no dia 10 de Abril, acompanhado de um vídeo.
BIOGRAFIA
Com raízes entre Tomar e Torres Novas, os Waste Disposal Machine nascem em 2002 em formato quinteto com João Gonçalves, Miguel Silva, Victor Silva, Hugo Santos e Pedro Serra.
Nesse mesmo ano lançaram a primeira demo.
Em 2008, já sem Pedro Serra, lançaram o primeiro disco, Interference, onde consolidaram a sua estética sonora e visual, misturando vários estilos musicais que vão desde o rock ao metal, passando pela electrónica e algum industrial. Com a aposta em actuações enérgicas e cirúrgicas, tentaram marcar a sua posição no underground português. Neste período tocaram de norte a sul de Portugal e também em Espanha para promover o álbum de estreia.
Rui Jorge integrou os Waste Disposal Machine em 2010 e, quando se preparavam para começar a trabalhar no segundo álbum, em 2012, com as saídas de Victor Silva e Hugo Santos, a banda adoptou o formato trio que se mantém até hoje: João Gonçalves na voz, Miguel Silva na guitarra e programações e Rui Jorge na guitarra.
Debris, segundo disco, lançado em 2014, foi composto e gravado ao longo de dois anos e reflectiu a mudança de line up, tendo aberto a banda a várias colaborações externas: metade dos temas deste álbum foram compostos em colaborações com um naipe eclético de nomes (PMDS, Sci Fi Industries, Broto Verbo, Miss Cat e Ah Cama-Sotz). Na sequência desta edição, a banda actuou em várias das mais importantes salas do circuito nacional, tendo regressado a Espanha.
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©2024 Raging Planet/Chaosphere Records (AS/RP391 / CHAOSCP037)
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Todas as faixas (música e letra): Waste Disposal Machine
João Gonçalves: voz | palavras
Miguel Silva: guitarras | programações | coros
Rui Jorge: guitarras
Gravação, misturas e masterização: The Pentagon Audio Manufacturers
Produção: Fernando José Matias e Waste Disposal Machine
"Sordideities" - voz convidada: Rute Fevereiro
"Future Grim" - gravação de vozes: 2495 Estúdio por Gwen Basurah
"The Walk" - gravação de vozes: Ermo Studios por Henrique Toscano
Fotografia: Miguel 'Noctvrno' Silva
Grafismo: Gouveia de Figueiredo
1. Broken (3:58)
2. Dumb Persistence (3:09)
3. Sordideities (3:53)
4. Future Grim (feat. Bill Rivers) (4:26)
5. Anæsthesia (7:02)
6. Insignificant (2:03)
7. The Walk (feat. Birds Are Indie) (4:27)
8. Black Beast (3:20)
9. The People's Republic of Euphoria (4:48)