“Gringo in São Paulo” é o novo EP de Rita Braga, sucessor do aclamado álbum de estreia“Cherries That Went To The Police” (2011) e foi editado no final de Março.
Enquanto que em “Cherries...” Rita Braga reinterpretou temas oriundos de vários países e em várias línguas, desta vez surgem cinco temas originais e inéditos que compôs no período em que morou no Brasil em 2013, gravados na Casa do Mancha, um estúdio de gravação e local de concertos conhecido na cena musical independente paulistana.
Para além da voz, ukulele e teclados de Rita Braga, o disco conta com a participação de vários músicos de São Paulo: Mancha Leonel (bateria), Bernard Simon Barbosa (guitarra eléctrica e baixo), Pedro Falcão (cuíca e pandeiro), José Vieira (piano), Peri Pane (violoncelo), Matheus Zingano (guitarra acústica), e ainda uma participação de Chris Carlone, o músico norte americano com quem tem vindo a colaborar desde 2008. O disco foi recentemente terminado no Porto com Marc Behrens (mistura e masterização), e a capa do vinil foi concebida por Marc Behrens e Rita Braga.
A edição física é um vinil de 7” com os temas“Gringo in São Paulo”e“Erosão”, acompanhado de umdownload card com os cinco temas que integram o EP.
Cada canção tem uma atmosfera muito singular e as influências passam por Tom Zé, Carmen Miranda, Bob Dylan, Sílvio Caldas ou Black Sabbath. O single que dá o nome ao disco é em “ingrês” (em “gringo”), e terá um vídeo de animação pelo artista sérvio Vuk Palibrk. Os outros temas são cantados em português mas em cada um a voz de Rita Braga ganha um contorno, expressão e sotaque diferente.
Ao longo dos últimos anos, Rita Braga tem realizado numerosos concertos e digressões pela Europa, Brasil e Estados Unidos, geralmente atuando a solo e ocasionalmente com convidados. Em Portugal foi um dosNovos Talentos Fnac 2007, participou em“Femina” de Legendary Tigerman (fez a primeira parte dos coliseus do músico), apresenta-se ao lado de Presidente Drógado sob o pseudónimo Marciana Verde, gravou piano em “Sic Transit” de Bernardo Devlin e iniciou o projeto“R.I.T.A” com Vítor Rua, entre outras colaborações. Em 2014 fez duas digressões extensas nos Balcãs e atuou também em palcos na Itália, Polónia, Bélgica, Suécia e gravou com o músico espanhol Victor Coyote no seu último disco “De Pueblo y de Río”.
Biografia:
“All way from Lisbon, Portugal comes Rita Braga.This charming and beautiful Ukulele queen with a voice of velvet plays a brilliant mishmash of sound. Combining Julee Cruise esque Lounge with a strange mix of folk ranging from Serbian, Hawaiian, and Appalachian Mountain music, Rita Braga’s sound is truly unique and refreshing.”(Chris Carlone)
Rita Braga (Lisboa, 1985) é cantora, autora e intérprete de canções, com um repertório eclético de versões que vão desde o folk sérvio, português, sueco ou russo, canções de cowboys, jazz dos anos 20 e 30 ou clássicos de bollywood. Também é autora de bandas sonoras, deu voz a personagens de filmes de animação, música para publicidade e produziu cabarés imprevisíveis na cidade do Porto, onde reside atualmente.
Um percurso nas artes visuais influenciou a sua música e performances ao vivo. Frequentou cursos de ilustração, banda desenhada e animação, tendo trabalhado nestas áreas e participado em exposições coletivas. Licenciou-se em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa.
Desde 2004 tem-se apresentado ao vivo um pouco por toda a Europa, Estados Unidos e Brasil, em contextos diferentes que vão desde bares, auditórios, galerias de arte, festivais. Mais frequentemente atuando a solo na voz e ukulele, por vezes junta teclados, guitarra e faixas pré gravadas ao set e conta pontualmente com colaborações ao vivo.
Em 2007 integrou a coletânea “Novos Talentos Fnac”.
Em 2011, após 3 EP's com gravações caseiras lançou o album de estreia“Cherries That Went To The Police”, produzido por Bernardo Devlin (http://ritabraga.bandcamp.com/album/cherries-that-went-to-the-police) e que lhe deu maior projeção, aclamado pela crítica e pelo público.
Outras colaborações incluem nomes nacionais e internacionais tão diferentes em estilo como Borts Minorts, Bernardo Devlin, Dorit Chrysler, Felix Kubin, Vítor Rua, Presidente Drógado, Victor Coyote, Uni and Her Ukelele ou The Legendary Tigerman (participou no disco “Femina” e fez a primeira parte dos coliseus do músico). Com Chris Carlone, mantém a dupla “Chips and Salsa” desde que se conheceram no myspace em 2008.
Em 2012, durante a sua primeira tour no Brasil, Rita Braga formou a sua primeira banda de formação “rock” em São Paulo (com guitarra elétrica, bateria e baixo), que batizou de Indiozinhos Psicodélicos (com Mancha Leonel, Gustavo Cabelo e Bernard Simon. A banda seguiu-a em tour nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2013 gravou o EP“Gringo in São Paulo”com cinco temas originais escritos durante a estadia no Brasil com a participação destes e outros músicos de SP (José Vieira, Pedro Falcão, Peri Pane e Matheus Zingano), nos estúdios da Casa do Mancha.
1. Gringo in São Paulo (2:51)
2. Erosão (2:46)
3. Helicóptero (2:14)
4. Poetas do Fim do Mar (4:08)
5. Tralala (3:03)